Teses

Produção científica referente à Ilha Grande no campo das Ciências Sociais e Humanas. Teses, dissertações, monografias, livros, artigos e papers podem ser aqui acessados em listas de referências bibliográficas, bem como em seus conteúdos quando autorizado pelos autores. Também projetos acadêmicos de pesquisa em andamento podem ser aqui acessados.

O Aventureiro, Ilha Grande-RJ: Uma análise de mudança social


Gustavo Villela Lima da Costa
Referência Bibliográfica: COSTA, Gustavo Villela Lima da. O Aventureiro, Ilha Grande-RJ: Uma análise de mudança social. Tese de Doutorado em Antropologia Social. Rio de Janeiro: PPGAS/MN/UFRJ, 2008.

Local:Rio de Janeiro
Ano: 2008
Instituição: Universidade Federal do Rio de Janeiro
Departamento: Programa de Pós-graduação em Antropologia Social
Orientador(a): José Sergio Leite Lopes
Número de Páginas: 325

Resumo:
Este estudo analisa uma situação de mudança social em curso, que ocorre no povoado do Aventureiro, na Ilha Grande-RJ. Entre as principais alterações ocorridas no local nos últimos quinze anos, podemos destacar a mudança de atividade econômica das famílias, que abandonaram progressivamente a agricultura de subsistência e o trabalho na pesca embarcada e assalariada, para viver do turismo, realizado nos campings nos terrenos das casas dos moradores. Um fator determinante para esta mudança foi a desativação do Instituto Penal Cândido Mendes, no ano de 1994, que transformou a Ilha Grande em uma fronteira aberta para o capital imobiliário e turístico. Além disso, no ano de 1981, o povoado do Aventureiro passou a fazer parte de uma Reserva Biológica e este estudo aponta alguns efeitos sociais decorrentes da criação de uma Unidade de conservação de proteção integral em uma área previamente habitada. Entre uas principais conseqüências destacamos a prática da tutela e controle da própria população que permaneceu no interior da Reserva Biológica, em uma situação de ilegalidade, e que se tornou um objeto de administração por parte do Estado. Esta situação jurídica específica favoreceu, por um lado, um conjunto de práticas tutelares de dominação sobre a população por parte do órgão ambiental e por outro lado, acabou protegendo a praia da intensa especulação imobiliária, possibilitando, não apenas a permanência dos moradores no Aventureiro, mas também sua gestão do negócio do turismo, ao contrário das demais praias da Ilha Grande, em que o turismo é administrado pelo grande capital ou por empresários vindos de outras localidades.
Observações: Tese de Doutorado apresentada ao Programa de Pós-graduação em Antropologia Social, Museu Nacional, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de Doutor em Antropologia Social.

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