Desde a sua criação em 1971, o Parque Estadual da Ilha Grande (PEIG) (Angra dos Reis, RJ) gerou vários debates e conflitos em torno do tema da “preservação ambiental”, ou seja, do quê proteger e de como proteger.

Este trabalho analisa as representações sociais e os significados a respeito dos “problemas ambientais” da Ilha Grande, em particular da Vila do Abraão. Mostramos como a administração do PEIG lida com este espaço a ser preservado, e como a população local percebe as atuações deste órgão de proteção ambiental. Avaliamos as vivências e as implicações da imposição de uma série de leis ambientais ligadas à implantação e à ampliação (2007) do Parque. Discutimos também os mecanismos de gestão do PEIG utilizando o conselho gestor como indicador das formas de participação social.

Refletir sobre as relações comunidade – órgão de proteção ambiental permite sublinhar, mais uma vez, a importância de desenvolver um modelo de gestão ambiental participativa adequado a realidade da Ilha Grande, para garantir a sustentabilidade e a preservação tanto do Parque como da população local.