As populações caiçaras e o mito do bom selvagem: a necessidade de uma nova abordagem interdisciplinar

Cristina Adams
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Referência Bibliográfica: 

ADAMS, Cristina. As populações caiçaras e o mito do bom selvagem: a necessidade de uma nova abordagem interdisciplinar. Revista de Antropologia, São Paulo, USP, v. 43, n. 1, 2000, p. 145-182.

Local: 
São Paulo
Ano: 
2000
Instituição: 
Universidade de São Paulo
Palavras-chaves: 
Caiçaras, antropologia ecológica, populações tradicionais, bom selvagem.
Edição: 
n. 1
Volume: 
v. 43
Páginas limite: 
p. 145-182
Anexo
Resumo: 

A caracterização, na literatura, das comunidades caiçaras como pescadoras, tradicionais, isoladas, auto-suficientes, primitivas e dotadas de um referencial marítimo é discutida com base numa perspectiva diacrônica. Ressalta-se o papel transformador da chegada do barco a motor e da pesca embarcada para as comunidades caiçaras, que as levou a abandonar total ou parcialmente as atividades agrícolas. Esta mudança é inserida num contexto histórico mais amplo, que considera essa passagem como um dos inúmeros ciclos econômicos pelos quais essas comunidades teriam passado. Criticou-se também a falta de uma abordagem ecológica séria e de uma base empírica confiável na literatura, o que muitas vezes tem levado a considerações na linha do discurso ecológico romântico, que tendem a vincular a imagem dos caiçaras ao mito do “bom selvagem”. Argumenta-se que a falta de abordagens multidisciplinares reduz a expressão da riqueza cultural das populações caiçaras.

Comunidades/praias: 

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